As pesquisas epidemiológicas possibilitam o acompanhamento das principais doenças e fatores de risco que afetam uma população. A Erasmus University Rotterdam realiza há 21 anos, na Holanda, o Programa de Verão em Epidemiologia oferecendo aos pesquisadores de vários países atualizações essenciais sobre os princípios e métodos de pesquisas médicas quantitativas.

O Programa é uma oportunidade para que os mais de 600 participantes troquem conhecimentos e compartilhem experiências vivenciadas em pesquisas epidemiológicas realizadas em seus países. Professores de conceituadas universidades como Rothman, Greeland e VanderWeele também marcam presença no evento. 

Com o intuito de trazer para a Bahia o que há de mais moderno nos estudos epidemiológicos é que o pesquisador do Citecs – Instituto Nacional de Ciência, Inovação e Tecnologia e professor do IFBA, Eduardo Marinho, está participando da atualização profissional. As mestrandas do Instituto de Saúde Coletiva da UFBA, Marina Pamponet e Bárbara Laisa Moura, também participam do treinamento. 

O Programa, que teve início dia 15 de agosto, se estende até 02 de setembro. Nesta primeira semana estão sendo oferecidos cursos de introdução a epidemiologia contemplando assuntos como Saúde Pública Global e Epidemiologia Genética.

Na segunda semana, os pesquisadores terão a oportunidade de participar de cursos de metodologia envolvendo temas como Métodos de Pesquisa Clínica e Métodos de Pesquisa em Saúde Pública.

Na terceira e última semana, serão oferecidos cursos avançados com a discussão de importantes estudos epidemiológicos e clínicos como, por exemplo, Demografia do Envelhecimento; Economia da Saúde; e A Prática da Análise Epidemiológica.

Para Eduardo Marinho, as atualizações fora do país contribuem na aquisição de conhecimento sobre o que se tem feito acerca da temática em comum. “Experiências vivenciadas por colegas de outros países podem ser extremamente factíveis de serem adotadas em nosso País, e vice-versa, observando-se as possíveis peculiaridades. Um bom exemplo disso é a busca dos pesquisadores de todo o mundo sobre informações acerca da experiência exitosa do SUS no Brasil”, ressalta Marinho.

O contato com pesquisadores de vários países abrem possibilidades de cooperação internacional. “Acredito que o domínio da pesquisa epidemiológica poderá desencadear novos projetos e avanços no conhecimento dos determinantes da saúde/doença de segmentos da população de forma compartilhada internacionalmente, conforme o ISC/UFBA já vem realizando”, completa Eduardo Marinho.